A Senda


O auto-sacrifício quando compreendido amplamente é uno, a volição impulsiona a ação e conduz a energia vital rumo a existência. O silêncio penetra o espaço e fecunda o Ser.
O caos se distingue da ordem quando o espaço percebe o silêncio. Enquanto massa homogênea ainda convive como um extenso e único infinito simétricamente caótico, até que constrange o discernimento do bem emitindo expressão heterogênea. Isso acontece quando subtrai de si, si. O infinito subtraído de si é o zero que se desdobra em cada infinto que torna ao todo representado pela equação que distingue o teor harmônico desta obra. Essa mamãe jibóia colorida serpenteia no salão cósmico, paira voando, parindo a geometria sagrada. Crava sete infinitas cores, quando unidas são o espectro que circula preto, cinza e branco. Um girar de sete saias, que ilumina multicolorido. Como a semente que germina ao calor dessa expressão enraizando-se no espaço, impulsiona o crescimento de sete copas.
No centro do infinito, o jardim da felicidade, dele se desdobra a ilusão, tão somente um inviesado reflexo da verdade. Logo está em tudo, é tudo, mas nem tudo o é. Como num labirinto de espelhos, o caminhante é o que aparece, por vezes distorcido e em lugar distinto, mas enquanto existir caminhante, labirinto e espelhos, o primeiro é o verdadeiro.